Artrose primária.
- Eduardo Riello Pereira
- 24 de jul.
- 2 min de leitura
Você já sentiu dor no ombro ao levantar o braço ou dificuldade para realizar tarefas simples do dia a dia, como pentear o cabelo ou alcançar um copo na prateleira? Esses podem ser sinais de artrose do ombro, uma condição que, embora menos comum do que a artrose no joelho ou no quadril, afeta de forma significativa a qualidade de vida.
A artrose primária do ombro é o desgaste natural da cartilagem que recobre as superfícies articulares da cabeça do úmero e da glenoide (parte da escápula). Com o tempo, essa cartilagem se torna mais fina, irregular ou até desaparece, causando atrito entre os ossos. O resultado? Dor, rigidez, estalos e perda progressiva de mobilidade.
Segundo estudos publicados no PubMed, essa forma de artrose tende a afetar pessoas com mais de 60 anos, sem histórico prévio de traumas ou lesões graves no ombro. É um processo degenerativo, que pode estar associado ao envelhecimento, fatores genéticos e ao uso repetitivo da articulação. Em muitos casos, os pacientes relatam uma dor profunda e persistente que piora à noite e limita as atividades diárias.
O diagnóstico é feito através da história clínica, exame físico e exames de imagem como radiografias e, em alguns casos, ressonância magnética. No consultório, avaliamos o grau de limitação funcional, presença de ruídos articulares e a força muscular. É essencial diferenciar a artrose primária de outras causas de dor no ombro, como lesões do manguito rotador ou capsulite adesiva.
O tratamento da artrose do ombro pode ser não cirúrgico ou cirúrgico, dependendo da gravidade. Em fases iniciais, usamos medicamentos para dor e inflamação, fisioterapia para manter a mobilidade, e, em alguns casos, injeções intra-articulares com corticoide ou ácido hialurônico — este último tem ganhado destaque por estudos recentes por proporcionar alívio por mais tempo e com menos efeitos colaterais.
Quando a artrose está avançada e o tratamento conservador já não oferece alívio, indicamos a prótese de ombro, também conhecida como artroplastia. Os resultados são muito positivos: pacientes relatam melhora importante da dor e recuperação da função. A escolha da técnica cirúrgica é individualizada, com base no tipo de desgaste, idade e expectativas do paciente.
Se você tem sentido dor persistente no ombro ou perdeu movimentos que antes pareciam naturais, não ignore esses sinais. Um diagnóstico precoce pode evitar complicações e proporcionar tratamentos mais simples e eficazes. Agende sua consulta e vamos juntos cuidar da saúde do seu ombro!

